terça-feira, 12 de maio de 2009

Assim que anoiteceu . . .



Assim que anoiteceu, saiu para pescar. Peixes não, estrelas.
Afastou-se da casa, atravessou um campo até o seu limite.
Na linha do horizonte, sentado à beira do céu, abriu a caixa das frases poéticas que havia trazido como iscas.
Escolheu a mais sonora, prendeu-a firmemente na rebarba luzidia. Depois, pondo-se de cabeça para baixo, lançou a linha no imenso azul, deixando desenrolar todo o molinete.

E paciente, enquanto a Lua avançava sem moder ondas, começou a longa espera de que uma estrela viesse morder o seu anzol.

Marina Colasanti

Um comentário:

Glauberth Sampaio disse...

tah lindo d++++++++++ teu blog meu bb! Parece um sonhoo..dah uma paz ^^

Tah tua cara ráh, te amo s2